segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015




Ser desconstruído é algo maravilhoso/enlouquecedor. De repente tu te descobre como um papel em branco,percebe que nada do que tu és é inato. Tudo,absolutamente tudo, te foi culturalmente construído/imposto. Teu simples ato de sentar foi ensinado. Então paras e perguntar - "o que eu sou realmente ? quem é essa pessoa do espelho ?" São perguntas que provavelmente nunca terão respostas,ou talvez sim, talvez você possa simplesmente aceitar que é uma mistura de emoções e atitudes,uma mistura nova,o que te faz única,apesar de tantas características tuas serem meras cópias. Uma cultura que te engessa e que te liberta,ao mesmo tempo. Engraçado que o homem tem essa mania de ser paradoxo, de ser difuso . Talvez tenhamos algum dispositivo que nos torne únicos,cada um ao seu modo. Ou não ! Por enquanto,prefiro acreditar que aos 20 anos,eu não sei quase nadado que sou. Conhecimento este que eu tinha claro ao 15 rs Nesse momento,eu me desmonto, me costuro, me questiono. Neste momento eu tento me construir,mesmo sabendo que tal construção não será inata e tampouco vai definir-me. Mas,acredito que esse seja o bacana - NÃO SE LIMITAR . Somos além,podemos ser ,além daquilo que nos impõe esta cultura,podemos beber de outras fontes, podemos fazer um mix doido e nos construir em um pessoa totalmente ÚNICA. Não discorrerei muito sobre tal assunto,afinal sou uma aprendiz , uma aprendiz de cientista social,procurando compreender um tico dessa bagunça cósmica,a qual nos enfiamos (toda raça humana) . Por enquanto,só posso afirmar que somos lindos, sim seres apaixonantes e por mais coisas que reproduzamos,somos uma raça incrível ,o ser humano brilha e precisa enxergar isso. Precisa entender que essa bagunça cósmica,somos todos nós,incluindo a mãe natureza,aliais ela é nossa principal aliada no entendimento de tudo isso.